Mães

Dez poemas para celebrar a maternidade em todas as suas formas

08/05/2025
Dez poemas para celebrar a maternidade em todas as suas formas

O segundo domingo de maio é um convite à celebração daquelas que geram, cuidam, educam, acolhem e transformam o mundo com gestos cotidianos de amor e resistência: as mães. A data, que tem origem na valorização da figura materna, também abre espaço para refletirmos sobre a pluralidade das maternidades — biológicas, adotivas, afetivas — e sobre as muitas formas de maternar, cada vez mais diversas, singulares e potentes.

Em tempos em que a correria do cotidiano, a distância e até a saudade moldam as relações, a palavra pode se tornar um gesto de presença.

Como forma de homenagem, o portal Lunetas reuniu dez trechos de poemas que celebram, por meio da poesia, a beleza, a força e a complexidade da experiência materna. A seleção contempla diferentes trajetórias e formas de maternar, valorizando histórias únicas que merecem ser reconhecidas e celebradas.

Com autores consagrados, os poemas abordam temas como amor, presença, cuidado, saudade e transformação — sentimentos universais ligados à maternidade. Confira:

1. Em “Para as mães ausentes”, Carlos Drummond de Andrade escreve:

“Morrer acontece / com o que é breve e passa / sem deixar vestígio. / Mãe, na sua graça, / é eternidade.”

2. Cora Coralina destaca a potência da matriz feminina:

“Renovadora e reveladora do mundo / A humanidade se renova no teu ventre.”

3. Já Conceição Evaristo celebra a sabedoria materna:

“Foi de mãe todo o meu tesouro / veio dela todo o meu ganho / mulher sapiência, yabá, / do fogo tirava água / do pranto criava consolo.”

4. Cecília Meireles reflete sobre a distância entre mães e filhos que crescem:

“Nossos filhos passaram por nós, mas não são nossos, / querem ir sozinhos, e não sabemos por onde andam.”

5. Em tom íntimo, Vinicius de Moraes clama:

“Que estou com muito medo, minha mãe. / Repousa a luz amiga dos teus olhos / nos meus olhos sem luz e sem repouso.”

6. Mia Couto sintetiza a criação da vida:

“Na barriga da mãe, / não se tece apenas um outro corpo. / Fabrica-se a alma.”

7. E Alice Ruiz, sobre a intensidade da maternidade:

“Depois que um corpo / comporta / outro corpo / nenhum coração / suporta / o pouco.”

8. As palavras ganham força também na delicadeza de Florbela Espanca:

“Bendito o leite que te fez crescer / Bendito o berço aonde te embalou.”

9. E no afeto persistente de Eugénio de Andrade:

“Guardo a tua voz dentro de mim. / E deixo-te as rosas.”

10. Olavo Bilac traduz a proteção das mães em asas enormes:

“E espalham tanto brilho as asas infinitas / Que expandes sobre os teus, carinhosas e belas, / Que o seu grande clarão sobe, quando as agitas, /E vai perder-se entre as estrelas.”

 

Alguns desses versos podem ser compartilhados em cartões, redes sociais, chamadas de vídeo ou lidos silenciosamente como um gesto de carinho.

Neste Dia das Mães, que tal permitir que as palavras façam morada onde talvez o gesto não alcance? Um poema pode não substituir um abraço, mas carrega em si a capacidade de tocar, lembrar e acolher. Escolha um verso, uma voz, um afeto — e deixe que a poesia diga por você aquilo que tantas vezes falta espaço ou tempo para expressar.

Porque toda forma de amor merece ser dita. E toda mãe, lembrada.

fonte: Poral Lunetas


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