Cinema e animação

Sementes Griôs: festival de cinema celebra potências ancestrais

04/08/2021
Sementes Griôs: festival de cinema celebra potências ancestrais

On-line e gratuito, o festival de cinema Sementes Griôs acontece na plataforma do Videocamp entre os dias 01 a 06 de agosto.

Unindo curtas e longas-metragens, a mostra busca partilhar conhecimentos e experiências quilombolas, indígenas e ribeirinhas, resgatando a ancestralidade cultural na educação formal. Além dos filmes, rodas de conversa e vivências griô também contemplam a programação, com ingressos disponíveis para o público interessado na plataforma Sympla.

Idealizado pela Semente – Escola de Educação Audiovisual, em parceria com a Amora Produções, o festival nasceu em 2017 como uma mostra de filmes do Quilombo Gurugi-Ipiranga (PB), e já apresenta duas edições, com a exibição de mais de 30 filmes para um público de mais de 500 pessoas da comunidade. Na 3ª edição, o festival é rebatizado com o nome Sementes Griôs e o evento se torna totalmente on-line, ampliando o alcance de suas ações, especialmente ao público de educadores.

Para assistir aos filmes, clique aqui.

Confira a programação abaixo:

Programa 1:

A terra deu, a terra dá, a terra cria
Tesouro quilombola (2021)
Direção de Ana Bárbara Ramos e Felipe Leal Barquete
As crianças do Quilombo Gurugi-Ipiranga brincam de caça ao tesouro e descobrem as verdadeiras riquezas da sua comunidade.
22 minutos

No tempo do verão (2013)
Direção de Wewito Piyãko
Na aldeia Ashaninka, verão é tempo de farra de passarinho, pé de fruta carregado e pescaria em família. Mas é, antes de tudo, tempo de descoberta. As crianças deixam de ir à escola para aprender com os mais velhos a vida na floresta: fazer flechas, construir abrigo na margem do rio, acender o fogo, cozinhar macaxeira, fisgar peixe com arpão… Tayri, Piyãko e Bianca nos mostram que novas experiências podem ser muito divertidas.
21 minutos

Tem um monte de Oxum no SUS (2019)
Direção de Alien Brune
Parir no Sistema Único de Saúde dói mais que as dores. Mas ali nos viramos em deusas, juntas. E o amor em nós converteu o lugar, transformando cada maca em cachoeira abundante.
3 minutos

Òrun Àiyé: a Criação do Mundo (2016)
Direção de Jamile Coelho e Cintia Maria
Vovô Bira narra como os deuses africanos Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá, Nanã e Exú interagem na descoberta dos mistérios do universo.
13 minutos

Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016)
Direção de Charles Bicalho e Isael Maxakali
“Konãgxeka” na língua indígena maxakali quer dizer “água grande”. Trata-se da versão maxakali da história do dilúvio. Como um castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy enviam a “grande água”. O filme é falado em língua maxakali, com legenda, além de ilustrações feitas por indígenas Maxakali durante oficina realizada na Aldeia Verde Maxakali, no município de Ladainha (MG).
12 minutos

Fartura (2019)
Direção de Yasmin Thayná
A partir de imagens domésticas, a comida revela um modo de viver em comunidade.
26 minutos

Programa 2:

Ancestralidade viva, presente!
Yá, me conte histórias (2020)
Direção de Carine Fiúza
Há dias trancada em casa, Elisa começa a sofrer os efeitos da quarentena imposta pela pandemia de coronavírus. A hora de dormir já não é um bom momento desde que parou de sonhar. Mas uma história contada por sua mãe a fará atravessar o oceano Atlântico, rumo à África, sem sair de casa. No sonho, ela passa a identificar valores e elementos da cultura Yorubá no seu lar.
8 minutos

Memórias dos mestres do Vale do Gramame (2013)
Direção de Leandro Cunha e Penhinha Teixeira
Diante da imensa riqueza cultural de antigas tradições Griôs, um olhar observativo descreve as comunidades do Vale do Gramame, a fim de documentar os saberes e fazeres da ancestralidade local, como lendas, causos e histórias, talhadas pela ação do tempo.
5 minutos

Rio de memórias (2019)
Direção de Ana Bárbara Ramos e Felipe Leal Barquete
As crianças do quilombo Gurugi-Ipiranga (Conde/PB) te convidam para uma imersão audiovisual nos rios e nas memórias da comunidade sobre um modo de vida integrado com a natureza.
4 minutos

A roda de gerações do coco (2018)
Direção de Ana Bárbara Ramos e Felipe Leal Barquete
A dança de roda que cria e une gerações: o encontro das crianças do grupo Clamores Antigos com os mais velhos integrantes do coco de roda Novo Quilombo, da comunidade quilombola Gurugi-Ipiranga (Conde/PB).
17 minutos

Barro preto e luto no território Xakriabá (2020)
Direção de Edna Alves de Barros e Roseli Gonçalves de Oliveira
O ritual tradicional do luto realizado pelos mais velhos na Terra Indígena Xakriabá não é conhecido das novas gerações. Ao buscar retomar esse conhecimento, nos deparamos com o fato de que o nosso território guarda conhecimentos ancestrais muito antigos. Em meio ao processo de reencenação do tingimento da roupa com as cores do luto, acabamos nos deparando também com os resultados que as alterações climáticas estão gerando na nossa terra e que interferem nos rituais.
18 minutos

Noirblue (2018)
Direção de Ana Pi
No continente africano, Ana Pi se reconecta às suas origens por meio do gesto coreográfico, engajando-se num experimento espaço-temporal que une o movimento tradicional ao contemporâneo. Em uma dança de fertilidade e de cura, a pele negra sob o véu azul se integra ao espaço, reencenando formas e cores que evocam a ancestralidade, o pertencimento, a resistência e o sentimento de liberdade.
27 minutos

Olhos de erê (2020)
Direção de Luan Manzo e Bruno Augusto Alves Vasconcelos
Luan Manzo tem seis anos e é bisneto da matriarca Mametu Muiande do quilombo Manzo N’gunzo Kaiango, um dos quilombos reconhecidos pela cidade de Belo Horizonte. Fundado em 1970 por um preto velho, Manzo é palácio de rei, governado por uma rainha. Ali, germinam sementes e crianças, num processo educativo – a afrobetização – que afirma a organização, o coletivo, a ancestralidade e a circularidade do povo negro. As crianças no quilombo crescem sabendo-se respeitadas, e por isso Luan mostra toda sua segurança e conhecimento percorrendo o espaço sagrado e descrevendo-o a nós, com rigor e frescor infantil. Ele, com um celular em mãos, é quem propõe este filme.
11 minutos

Programa 3:

O Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos
4 bilhões de infinito (2020)
Direção de Marco Antonio Pereira
Brasil, 2020. Uma família vive com a energia de casa cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em casa conversando sobre ter esperança.
14 minutos

Formação audiovisual das mulheres indígenas (2015)
Direção de Mari Corrêa e Raquel Diniz
O Instituto Catitu capacita mulheres indígenas da Amazônia brasileira no uso de ferramentas audiovisuais, para a valorização dos saberes femininos e o fortalecimento de seu protagonismo. Das oficinas de formação audiovisual e multimídia surgem os filmes das novas cineastas e fotógrafas indígenas. Mulheres que, de suas aldeias, contam histórias a partir do próprio olhar.
17 minutos

5 fitas (2020)
Direção de Vilma Martins e Heraldo de Deus
Em Salvador (BA), todo ano acontece a grande e tradicional festa para Senhor do Bonfim, onde fiéis, turistas e foliões peregrinam até a famosa igreja para amarrar fitas e fazer pedidos. Dois irmãos, Pedro e Gabriel, ouvem desde cedo as histórias e rezas de sua avó ao Senhor do Bonfim e decidem fugir no dia da lavagem, buscando uma bola de futebol em referência à ausência paterna vivida durante suas trajetórias. Lá, confrontam as narrativas de sua avó, com a lavagem atual, trazendo questões sobre religiosidade, sincretismo, manifestação popular e importância da família.
15 minutos

Entre nós, um segredo (2021)
Direção de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté
O avô de Toumani Kouyaté sentia a morte se aproximar e precisava passar segredos da nação para a linhagem de djélis mais jovens, a fim de que eles seguissem com a tradição de sua cultura. Estando no Brasil, Toumani volta com urgência ao Mali para concretizar os últimos desejos do avô. O filme demonstra como a cultura oral é capaz de protegê-lo de guerras e crises, além de ser um importante componente social e político que precisa de continuidade.
120 minutos

Inspirações (2020)
Direção de Ariany De Souza
Diretora e atriz principal do filme, Ariany de Souza é uma jovem da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foi na música e na poesia onde ela encontrou inspiração para vencer os obstáculos que a vida foi colocando em seu caminho.
18 minutos

Filme de domingo (2020)
Direção de Lincoln Péricles
Domingo de sol na quebrada. Um tio babão, uma mãe zika, uma criança artista.
28 minutos

A piscina de Caíque (2017)
Direção de Rafael Gustavo da Silva
Sonhando em ter uma piscina, Caíque e seu amigo se divertem escorregando no chão molhado e ensaboado da área de serviço. Mas o desperdício de água faz com que conflitos sejam gerados com sua mãe.
15 minutos

 

Rodas de conversa

03/08 (ter) 19h – Conversas em torno da interculturalidade: possibilidades de práticas na escola
Inscrições pela plataforma Sympla – neste link.
Esta roda apresenta projetos inspiradores que têm contribuído com o processo de fortalecimento da identidade cultural dos povos tradicionais e sua relação com a comunidade escolar. A interculturalidade é entendida como uma chave para compreender diversas pautas contemporâneas, e se propõe a uma busca por relações de cooperação, respeito e aceitação entre diferentes culturas e sujeitos. Com participação de Makota Kidoialê (liderança do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango), Sueli Maxakali (cineasta, liderança indígena e idealizadora da Aldeia-Escola-Floresta) e Clarisse Alvarenga (professora adjunta na Faculdade de Educação da UFMG). Mediação por Felipe Leal Barquete (cineasta, educador e coordenador da Semente Escola de Educação Audiovisual).

04/08 (qua) 09h – Vivência griô, com Mestra D’oci
Inscrições na plataforma Sympla – neste link.
Contação de histórias e cantigas com Mestra D’oci. Doci dos Anjos é mestra griô de tradição oral, idealizadora do Ponto de Cultura Olho do Tempo (PB) e representante da Comissão Nacional de Mestras/es Griôs do Brasil.

04/08 (qua) 14h – Sessão de Cineclube 1: A terra deu, a terra dá, a terra cria
Inscrições na plataforma Sympla – neste link.
“A terra deu, a terra dá, a terra cria” é partilha e é abundância do viver em comunidade. A sessão nº 1 de cineclube tem mediação da equipe Semente (Ana Bárbara Ramos, Felipe Leal Barquete e Valdenise Pimentel), e conta com sessão dos seguintes filmes: Fartura (2019), Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016), No tempo do verão (2013), Òrun Àiyé: criação do mundo (2016), Tem um monte de Oxum no SUS (2019) e Tesouro Quilombola (2021).

06/08 (sex) 19h30 – Sessão de Cineclube 2: Ancestralidade viva, presente!
Inscrições na plataforma Sympla – neste link.
“Ancestralidade viva, presente!” é um gesto de reconhecimento e valorização de saberes e práticas que potencializam a produção de vida. Saberes que evocam a ancestralidade, o pertencimento, o amor à terra, a resistência e o sentimento de liberdade. A sessão tem mediação de Mariah Benaglia, Melina Bomfim e Talita Arruda, e conta com os seguintes filmes: A roda das gerações do coco (2018), Barro preto e luto no território Xakriabá (2020), Memórias dos mestres do Vale do Gramame (2013), Noirblue (2018), Olhos de Erê (2020), Rio de Memórias (2019) e Yá, me conte histórias (2020).

 

fonte: Portal Lunetas

A programação e informações descritas nesse post podem estar sujeitas a alterações por parte da produção do evento sem aviso prévio.

Quando

até 06/08

Onde

Para assistir aos filmes, clique aqui.

*inscrições para rodas de conversa através do Sympla

Quanto

gratuito


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