A inspiradora história da menina paquistanesa que ganhou o Nobel da Paz chega aos palcos com Malala, a Menina Que Queria Ir Para A Escola. Peça em cartaz no Guritiba, o Festival de Teatro para as crianças do Festival de Curitiba, nos dias 30 e 31 de março, no Teatro Bom Jesus. O espetáculo terá intérprete de libras.
A obra é a primeira adaptação teatral do livro-reportagem da premiada escritora e jornalista Adriana Carranca, idealizada pela atriz Tatiana Quadros, com direção de Renato Carrera e adaptação de Rafael Souza-Ribeiro. A produção tem canções originais de Adriana Calcanhotto como trilha.
O espetáculo narra a viagem da jornalista ao Paquistão, dias depois do atentado à vida de Malala por membros do Talibã, por defender o direito de meninas à educação.Uma missão perigosa, pois a terra natal de Malala, um vale de extraordinária beleza no interior do Paquistão, era um território proibido para jornalistas. Vestida como as mulheres do Vale do Swat, a jornalista circula pelas ruas da cidade, se hospeda na casa de moradores locais, conhece as amigas de Malala, sua escola e até mesmo a casa onde morava.
A história, encenada por oito atores e um músico, é ambientada em um quintal brasileiro. O quintal mágico onde tudo se transforma: peteca vira caneta, balão vira abóbora, tijolo vira cadeira. Uma casa vira escola. Com coreografias, projeção e percussão ao vivo, os atores se dividem em diversos personagens.
O livro-reportagem infantojuvenil “Malala, a menina que queria ir para a escola” foi publicado em 2015 e venceu o Prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil nas categorias Escritora Revelação e Livro Informativo.
Sobre Malala
Malala Yousafzai nasceu em Mingora, a maior cidade do Vale do Swat, na província de Khyber-Pakhtunkhwa do Paquistão. Ela cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo chamado Talibã. Eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar.
Com um pseudônimo, ela se tornou correspondente da BBC, através de um blog no qual relatava ao mundo o impacto diário do Talibã no Vale do Swat, denunciando o regime de opressão medieval, em choque com os mais elementares princípios dos direitos humanos. Em 9 de outubro de 2012, aos 15 anos, quando voltava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro, em retaliação a sua luta pelo direito feminino à educação. Em seu discurso na ONU – primeira aparição pública após o atentado – Malala prometeu que não seria silenciada e afirmou: “A caneta é mais poderosa que a espada”. Em 2014 tornou-se a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz.
fonte: Festival de Teatro de Curitiba
A programação e informações descritas nesse post podem estar sujeitas a alterações por parte da produção do evento sem aviso prévio.