O Museu Paranaense (MUPA) foi o primeiro do Paraná e o terceiro do Brasil. Inaugurado em 1876, tem como sede o Palácio São Francisco. O acervo faz um passeio pela história do Estado, com mais de 400 mil itens. Saiba mais sobre as mostras do espaço que estão em cartaz.
Objeto Sujeito
Objeto Sujeito é uma mostra de longa duração que põe em diálogo os trabalhos de doze artistas brasileiros contemporâneos com o acervo histórico do museu. A exposição é uma incursão profunda na trajetória do MUPA e na história do Paraná, a partir de eventos históricos que ganham novas camadas de interpretação no presente.
Lange de Morretes: entre-paisagens
Inaugurada no dia 08 de dezembro, no MUPA, a exposição “Lange de Morretes: entre-paisagens” reúne pinturas de Lange de Morretes já restauradas e pouco conhecidas publicamente. Além disso, também são apresentados outros materiais, como fotografias, documentos e conchas, que revelam a vertente científica do artista na área de malacologia – um ramo da biologia que estuda os moluscos. A mostra ocupa a Sala Monográfica do Museu, um espaço que é dedicado a exposições que se aprofundam em um personagem ou tema de importância histórica, artística ou antropológica em diálogo com o acervo do MUPA. “Lange de Morretes: entre-paisagens” tem curadoria do pesquisador Marco Baena, doutorando em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP.
Ante ecos e ocos
A exposição apresenta a cultura afro-brasileira por meio de um recorte mais local, abrangendo as heranças africanas no Paraná, a partir de materiais que integram o acervo do museu. A iniciativa é mais uma das estratégias de abertura do Museu Paranaense para as comunidades representadas, ou pouco representadas em seu acervo, buscando promover a participação, a presença e, com isso, a ampliação do diálogo para a construção de uma memória coletiva acerca de histórias salvaguardadas pela instituição. Seis núcleos principais desenham a narrativa dessa mostra que aborda o quilombo, o carnaval, a religiosidade, a congada, o período do pós-abolição e a capoeira.
Nosso estado: Vento e/em Movimento
A exposição tem longa duração e é formada por dois eixos: Deslocamentos por dentro e Deslocamentos pela margem que se subdividem em 5 núcleos cada. O primeiro eixo propõe um mergulho na história de algumas das diversas comunidades que formaram o Estado do Paraná, desde migrantes relacionados aos deslocamentos históricos e contemporâneos, abarcando também experiências vinculadas a exílios indígenas (como o emblemático caso da etnia Xetá) e comunidades quilombolas.
Já o eixo Deslocamentos pela margem é dedicado à cultura caiçara. Nele o visitante é convidado a conhecer a complexidade da experiência coletiva das comunidades caiçaras do litoral paranaense por meio de sua musicalidade, religiosidade e relação com seu território. Os registros audiovisuais presentes na exposição passam a integrar o acervo documental do Museu Paranaense, ampliando a diversidade de vozes e expressões populares e tradicionais desta instituição de 145 anos de existência.
Ephemera/Perpétua
Amplamente multidisciplinar, a mostra de longa duração apresenta em torno de 180 peças do acervo do museu, um dos mais importantes da América Latina nos campos da antropologia, arqueologia e história, e também objetos das coleções do Herbário Municipal de Curitiba, Departamento de Zoologia da UFPR, Museu Casa Alfredo Andersen e Museu Oscar Niemeyer.
Entre o conjunto exposto estarão exsicatas, pinturas, fotografias, vídeos, zoólitos milenares, livros, manuscritos, além de plumárias, adornos e lanças de diferentes etnias indígenas. Cada um dos objetos selecionados para compor a mostra conta mais que uma história: convida à reflexão sobre o sentido das coleções e dos colecionadores, sobre o que é efêmero e o que é perpétuo, de forma mais sutil ou notória.
Numismática e Cultura Material: Coleções do Museu Paranaense
A exposição é composta por cerca de 600 objetos, entre moedas, cédulas, medalhas, condecorações, fichas, jetons e outros itens relacionados – mostra parte do acervo de numismática do Museu Paranaense, oriundo, principalmente, das coleções David Carneiro, Vladimir Kozák, Julio Moreira, Erasmo Pilotto e Banestado.
Além de cédulas e moedas de vários países e épocas diferentes, estão expostas medalhas do Brasil e do estrangeiro, com várias cunhadas no Paraná. Há também vitrines especiais em homenagem a Julio Moreira, diretor do Museu Paranaense nos anos 1960; a Dom Pedro II; a José Peon, artista na cunhagem de medalhas no Paraná; e ao Banestado, cujo acervo foi incorporado ao Museu Paranaense.
A exposição está aberta ao público desde o início de 2015, e é uma instalação de longa permanência no circuito do Museu Paranaense.
Mejtere: histórias recontadas
Mejtere: histórias recontadas é uma exposição de longa duração, resultado de projeto de curadoria compartilhada entre a instituição e indígenas. A mostra reverbera uma pluralidade de vozes indígenas, que refletem novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu a partir do encontro do grupo de estudantes indígenas com o acervo do MUPA. A mostra tem curadoria de Robson Delgado (Baré), Ivanizia Ruiz (Tikuna) e Camila dos Santos (Kanhgág), acompanhada pela equipe do MUPA formada por Josiéli Spenassatto e Giselle de Moraes.
O local funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30. A entrada é gratuita e o museu é aberto a todos os públicos.
fonte: Museu Paranaense/Gazeta do Povo
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