O Museu de História Natural Capão da Imbuia é reconhecido nacionalmente pela qualidade do seu trabalho na área da pesquisa zoológica, abrangendo diferentes grupos de animais. Neste ano, o espaço ainda expõe um estande novo do Projeto Meros do Brasil e a exposição Espeleo Experiência – a Vida Nas Cavernas.
Inaugurado em 1995, o Museu tem coleções de interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, tanto para consulta de dados e revisões dos organismos vivos, como para depósito de material zoológico, proveniente de atividades científicas.
Suas obras tratam de algumas das formações vegetais mais representativas encontradas em nosso país, como Floresta com Araucária, Floresta Tropical, Cerrado, Banhado e Ambiente Marinho. Tem ainda vitrines que tratam de temas variados como “Vetores de Zoonoses Urbanas”, “Fauna Paranaense Ameaçada de Extinção” e “Aves de Rapina”.
Dentro do espaço do Museu, ainda é possível conhecer o Bosque Capão da Imbuia. No local, grupos podem percorrer a exposição ‘Caminho das Araucárias’, apresentada nos painéis autoexplicativos, dispostos ao longo de uma passarela elevada, que percorre o interior da mata. Durante esta visita orientada são fornecidas informações gerais sobre os animais e seu ambiente, noções gerais da flora local, destacando-se a importância da conservação dos ambientes para a preservação das espécies.
E depois desta aula sobre um ecossistema ameaçado de extinção, os estudantes interessados ainda podem retirar material didático na biblioteca, que é especializada no patrimônio natural, não só regional ou nacional, mas do planeta.
O que muita gente não sabe é que além de todas estas ações, o espaço do Museu, uma unidade de conservação da Prefeitura, pode ser uma boa opção de lazer. É possível fazer uma caminhada pela trilha no seu bosque, que é formado por árvores centenárias. E, na sua praça, desfrutar dos sons da natureza ao redor.
Espeleo Experiência – a Vida Nas Cavernas
Desde o dia 1º de julho de 2023, o Museu de História Natural Capão da Imbuia é um endereço de descobertas. O local, administrado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, recebeu a exposição Espeleo Experiência – a Vida Nas Cavernas. A entrada é gratuita e a visitação é de terça a domingo, das 9h às 16h45.
Na mostra artístico-cultural, que vai até dezembro, os visitantes vão receber capacetes e lanternas para entrar no universo subterrâneo das cavernas. Será possível descobrir, em uma caverna cenográfica montada em uma das salas, as principais espécies de animais que vivem nesses ambientes, observar as diferentes nuances de luz, umidade e fontes de alimento dos animais.
A caverna cenográfica do Museu de História Natural Capão da Imbuia foi elaborada com papel e mostra as principais formações e ambientes existentes no interior de uma dessas formações. A montagem foi coordenada pela artista dinamarquesa Birgitte Tummler.
Escavação espeleológica
Entre as atrações que os visitantes vão encontrar estão desde corujas e maritacas, que vivem nos paredões junto às entradas das cavernas, até animais associados ao rio e lagos, como lontras, cuícas, peixes e crustáceos. Também será possível conhecer o Proteus, salamandra albina que vive nas profundezas das cavernas da Eslovênia. Este animal pode viver por mais de uma centena de anos, totalmente adaptado ao ambiente sem luz, por isso é cego e despigmentado.
Ao final da visita, as crianças terão a oportunidade de executar uma escavação espeleológica, procurando ossos que se encontram no fundo da Gruta da Lagoa Azul e identificando-os, como faz um paleontólogo. Preguiças gigantes e outros animais também serão encontrados na caverna em imagens gravadas em vídeo.
A bióloga Gisele Sessegolo, da equipe de organização da EspeleoArte, explicou que no Brasil existem 23 mil cavernas cadastradas e registradas pela União. Mas estima-se que sejam mais de 100 mil cavernas no Brasil.
A exposição é realizada pela Sociedade Brasileira de Espeleologia e Cecav, organizada pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas de Ponta Grossa (GEEP-Açungui e GUPE), e apoiada pelo eCaves, Acampar e pela Prefeitura de Curitiba.
Exposição do Projeto Meros do Brasil
Essa exposição ensina sobre o peixe mero, um gigante dos mares, e a vida marinha. Por uma parceria com o Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobrás, o espaço ganha um estande todo voltado à espécie ameaçada, com a finalidade de disseminar informações sobre a importância da sua conservação e do seu habitat.
O espaço ainda tem um ambiente marinho com realidade virtual para alertar para a preservação do peixe mero e uma plotagem com informações, totens interativos como a roda do ciclo de vida do peixe, o jogo da memória “Meromória” e uma intervenção artística inédita: uma réplica de um mero de metal em tamanho real, confeccionada pelo artista plástico Marcelo Pszybylski.
Os visitantes ainda poderão experimentar a sensação de um mergulho contemplativo com o mero e outras espécies como águas-vivas, pirajicas, tartarugas, algas e corais.
Horários de visitação
O Museu de História Natural Capão da Imbuia funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada permitida até às 16h45. A entrada é gratuita e não é necessário agendamento para acessar o local.
fonte: Prefeitura de Curitiba
foto destaque: Daniel Castellano
A programação e as informações descritas neste post estão sujeitas a alterações sem aviso prévio por parte da organização do espaço.