Misturando música, bonecos e humor, a série Música de Brinquedo estreou dia 05 de agosto no canal Nick Jr. À frente do projeto estão a banda Pato Fu e o Grupo Giramundo – Teatro de Bonecos.
Em cada episódio, que dura cerca de 10 minutos, a banda Pato Fu se prepara para gravar uma canção diferente. O cenário é o estúdio da banda, mas a equipe é formada por diversos bonecos de monstros cheios de manias, o que adiciona uma boa pitada de humor e confusão durante as gravações.
No repertório, estão clássicos da música pop em arranjos inteiramente tocados pela banda com instrumentos de brinquedo. Cada episódio tem uma canção e uma historinha diferente e não faltam intrigas e trapalhadas entre a equipe de monstros e a banda humana.
A série, que estreia neste ano, tem suas raízes em 2010 quando o Pato Fu lançou um disco totalmente gravado com instrumentos de brinquedo, com interpretações de clássicos da música brasileira e internacional, como Ovelha Negra, Primavera, Live And Let Die e My Girl. A produção fez sucesso e conquistou o Grammy Latino de melhor disco infantil em 2011.
Em entrevista à Crescer, Fernanda Takai, do Pato Fu e Ulisses Tavares e Marcos Malafaia, do Giramundo, falam sobre como foi revisitar o projeto em um novo formato e o que ele tem a oferecer para toda família. Confira:
Como surgiu a ideia de fazer essa série?
Fernanda Takai, do Pato Fu: Tudo começou com o disco do “Música de Brinquedo” que, embora tenha essa cara de conteúdo para criança, foi uma tentativa de divertir os pais tanto quanto as crianças e fazer as famílias ouvirem juntas às canções.
E quando fomos para a estrada e fizemos os shows da turnê foi exatamente o que aconteceu. Ao planejar o espetáculo, sabíamos que os cantores mirins que participaram do álbum não poderiam estar com a gente porque não seria saudável para as crianças fazer shows com tanta frequência. Então convidamos o Giramundo para criar dois bonecos, inicialmente para suprir a falta das crianças, mas eles acabaram sendo o grande trunfo do espetáculo.
O Teatro de Bonecos aliado à música pop fez muito sucesso e todo mundo queria ver e ir de novo. A gente tentava lançar outros discos e o GiraMundo outros espetáculos, mas a demanda recorrente era do “Música de Brinquedo”. Foram muitos anos com a turnê e, agora, com a série, decidimos extrapolar esse projeto trazendo outras influências que a gente gosta como Vila Sésamo e Castelo Rá-tim-bum.
A gente imagina que o “Música de Brinquedo” pode apresentar isso para uma nova geração, e, para os adultos, a possibilidade de se encantar novamente por essas canções que são tão conhecidas aqui do Brasil e lá fora também.
Como foi transportar a dinâmica do teatro de bonecos para uma série?
Marcos Malafaia, do Giramundo: Nos espetáculos do Música de Brinquedo nós víamos interações muito interessantes entre as crianças e os bonecos depois que o show acabava. As crianças abraçavam os bonecos e tocavam neles com uma espécie de encantamento.
Nosso desafio foi reproduzir isso no vídeo e acho que estamos conseguindo levar essa experiência próxima do palco para dentro da TV. Tudo foi pensado para isso, desde a confecção dos bonecos até a interpretação dos marionetistas. Agora, com a estreia, vamos ver se realmente tivemos sucesso.
Quais são as apostas do “Música de Brinquedo” para agradar toda família?
Fernanda Takai: Além dos bonecos e da música, acho que o humor da série é algo que conquista porque ele é completamente seguro para todas as idades, mas sem ser menos inteligente ou podado. Para criá-lo nos perguntamos, o que é legal, saudável e faz todo mundo rir? Nossa experiência com o espetáculo nos mostrou o que funciona ao vivo, o que ajudou no processo.
Como foi para o Giramundo expandir a quantidade de personagens do show para a série?
Ulisses Tavares, do Giramundo: Os personagens do show foram um ponto de partida e depois veio a ideia de criar toda a equipe de monstros que ajuda o Pato Fu na gravação do “Música de Brinquedo”. Então temos cabeleireira, maquiadora, roadie e todo o universo que compõe um estúdio. Os personagens são muito sinceros e às vezes ingênuos, como as crianças, e acredito que essa é uma das razões pelas quais conseguem se aproximar delas com tanta facilidade. As brincadeiras e os esquetes entre humanos e bonecos surgiram naturalmente e acho que vão arrancar risadas de todas as idades.
fonte: Crescer