Em “O som do Rio”, a cantora Maria Gadú e a ativista indígena Val Munduruku convidam o espectador a conhecer a cultura, os encantos, as curiosidades, as histórias e os desafios que cercam o Rio Tapajós, no Pará.
Com direção de Carol Quintanilha e produção da Maria Farinha Filmes, o primeiro de quatro episódios foi lançado no dia 14 de junho, no YouTube.
Thelma Assis (médica e influenciadora digital), Vítor diCastro (ator e influenciador digital) e Lenine (cantor e compositor) são os convidados que embarcam em uma trajetória de conhecimento e transformação pela floresta.
A série também conta com intervenções do apresentador Felipe Castanhari, explicando conceitos voltados à preservação da floresta e sobre a crise climática.
Além de evidenciar a riqueza das histórias indígenas que constroem o Alto Tapajós, “O som do rio” chega com denúncias: a região enfrenta problemas que passam pelo perigo do garimpo, pela contaminação dos rios com o mercúrio e pela falta de políticas públicas que cuidem integralmente dos povos indígenas.
Para Val Munduruku, a preocupação ultrapassa o período de produção da série, visto que quem habita o território continua lá após o retrato audiovisual. Também são debatidas as movimentações contra o Marco Temporal, cujas principais vítimas são as crianças indígenas.
“A gente que vive lá sabe o quanto é preocupante o cenário e pode mexer muito com quem vai ficar lá no local. Qual vai ser o processo daqui pra frente, que olhar a gente vai receber?”, diz.
Para a diretora Carol Quintanilha, “O som do rio” é sobre uma esperança que vai além de um looping de denúncias.
“Precisamos resgatar vários conceitos para poder sobreviver nesse planeta e nos entender como brasileiros. Resgatar a ancestralidade é uma solução não só para o meio ambiente, mas cultural, de bem-estar e de bem-viver”, conta. “A gente tem que ser como o rio: não há empecilho no mundo que o faça sair do seu percurso”, finaliza.
Assista ao primeiro episódio da série abaixo:
fonte: Portal Lunetas