Literatura

Conheça os 10 livros finalistas do Prêmio Jabuti na categoria infantil

23/10/2019
Conheça os 10 livros finalistas do Prêmio Jabuti na categoria infantil

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou os finalistas das 19 categorias do Prêmio Jabuti, o principal da literatura do Brasil. Guiados por critérios de (1) inventividade e originalidade com linguagem adequada para o público-alvo, (2) obras que despertam percepções, emoções e sensações e (3) obras que multipliquem ou expandam a experiência leitora, o júri escolheu 10 títulos que concorrem ao prêmio na categoria infantil.

Posteriormente, será divulgada uma nova lista composta pelos 05 livros participantes que serão os finalistas da disputa. A premiação acontece no dia 28 de novembro, em São Paulo.

Confira abaixo a lista completa para se INSPIRAR.

A avó amarela
Textos de Júlia Medeiros e ilustrações de Elisa Carareto – Editora Ôzé
Sabia que saudade tem cor? A de Júlia Medeiros, autora dessa história, é amarela. É com esse tom que sua avó Esmeralda estava vestida em uma foto, já que a outra, Beatriz, usava azul no retrato. É baseada nas suas recordações que a escritora nos transporta para um Brasil do interior: de encomendar o galo vivo na feira para virar o almoço de domingo, de acordar antes de o sol sair, de ir à missa, da dentadura que repousa ao lado da cama, de juntar a família ao redor da mesa e do afeto em forma de comida. Mais que isso, nos transporta às nossas próprias lembranças, de uma infância muito diferente da dos nossos filhos. As crianças certamente vão ficar curiosas e querer saber das suas memórias depois dessa leitura!

Casa de passarinho
Texto de Ana Rosa Costa e ilustrações de Odilon Moraes – Editora Positivo
Toda casa tem sala, quarto e cozinha, certo? Por que a do joão-de-barro não teria? O olhar curioso de duas crianças no texto de Ana Rosa Costa, imaginando como é a vida dentro da casinha, e as ilustrações de Odilon Moraes, que humanizam os passarinhos vestindo-os inclusive de terno e vestido, fazem desta uma publicação que brinca com fantasia e realidade. Será que as aves seriam casadas? E o que comem à mesa? Quando cai um graveto será faxina? Jogam dominó em seu tempo livre? Toda criança que já se perguntou como era a vida desse passarinho da porta para dentro vai se sentir um pouco protagonista.

Chão de peixes
Texto e ilustrações de Lúcia Hiratsuka – Editora Pequena Zahar
A autora Lúcia Hiratsuka busca na memória as cores e os elementos de sua infância para tingir este livro com as tintas e o traço delicado do sumiê, técnica de aquarela japonesa. Uma infância simples no interior paulista, com quintal, pé de fruta, galinhas, carpas, grilos, vaga-lumes, coelhos, retratada com muito sentimento nos versos inspirados em haicais. A beleza está ao nosso redor, nos elementos mais simples e na imaginação da criança, ensina essa obra.

Donana e Titonho
Texto de Ninfa Parreiras e ilustrações de André Neves – Editora Paulinas
Nana e Tonho se conheceram jovens, catando quinquilharias na rua para viver. Casaram, tiveram sete filhos e passaram uma vida guardando o que, para os outros, não tinha serventia. Viraram Donana e Titonho. Na casa deles, pilhas de trecos, papéis, botões, garrafas vazias – “décadas de história, memórias encardidas”, “sentimentos em conserva”, “raivas enlatadas”. Porém, um dia, a enxurrada leva embora a casa e o casal. Um texto poético de Ninfa Parreiras que trata de um assunto marginalizado, que é o sofrimento de catadores de material reciclável, e que dá um recado urgente: a enorme quantidade de lixo que descartamos pode, um dia, descartar a gente. Tudo com as tintas sensíveis de André Neves.

Enreduana
Texto de Roger Mello e ilustrações de Mariana Massarani – Companhia das Letrinhas
O primeiro escritor do mundo, quem diria, foi uma escritora. Enreduana era uma sacerdotisa, poetisa e filósofa que viveu em 2.300 a.C. na Mesopotâmia e é dela o mais antigo registro de um poema, quando não havia papel e o texto era registrado em placas de argila. Filha do rei Sargão, metida em política e apaixonada pela deusa Inana – que os autores tratam lindamente como sua esposa, uma ousadia para tempos tão sombrios –, ela foi expulsa de Ur pelo irmão, mas acabou retornando. Porém, quase ninguém hoje conhece essa história. Para tirá-la do apagamento das areias do deserto, nada melhor que contá-la com a sensibilidade do menor grão de areia do mundo, que presenciou sua trajetória até virar argila em uma de suas tábuas. Um poético recurso para trazer à luz essa grande mulher, sem cair no didatismo.

Minha família Enauenê
Texto Maria Rita Valadão e ilustrações Anabella López – FTD Educação
O livro conta a história da autora Rita Carelli, que passou parte de sua infância na aldeia indígena dos Eanauenê-Nauê, no estado do Mato Grosso. De todas as descobertas que Rita faz entre os índios, cujos costumes e cultura são bem diferentes daqueles a que estava habituada, uma em especial chama a sua atenção: os papéis sociais rígidos estabelecidos para homens e mulheres. A menina se vê, então, em um impasse: prefere brincar, nadar no rio e jogar futebol – atividades reservadas aos meninos – a realizar as tarefas próprias das mulheres. É quando ela toma a decisão de desafiar as regras e fazer parte do grupo dos meninos. Mas essa experiência não durará para sempre, e voltar a participar das atividades das meninas mostra-se algo bastante difícil. Um livro que aborda, de maneira sensível, questões como a dos papéis sociais, da divisão do trabalho, da diversidade cultural e dos diferentes modos de vida.

O galo gago
Texto Antonio Carlos Secchin e ilustrações Clara Gavilan – Editora Rocco
O autor conta em versos uma história divertida sobre a Noite, que deseja ir embora, mas só depois que o galo cocoricar. O problema é que o galo é gago, não consegue cantar, e acaba impedindo o Dia de raiar. Os bichos se assustam, pensam num jeito de acabar com a gagueira do galo, pois todo mundo quer que o Dia nasça. Mas como? A bicharada vai perceber que tudo se resolve com criatividade, união e alegria.

Olavo
Texto e ilustrações Odilon Moraes – Jujuba Editora
Que cor tem a tristeza? Para Odilon Moraes, no livro que conta a história de Olavo, ela é marrom. O menino triste, porém, um dia se depara com uma surpresa: um presente à sua porta. Será que alguém se lembrou dele? Esse acontecimento é suficiente para tingir de azul de esperança e alegria a vida de Olavo, ainda que o marrom insista em permanecer quando o garoto não se acha merecedor daquela felicidade. Esta obra é para quem acredita que há esperança, ou que flores possam um dia ainda cobrir desertos.

Papo reto e papo curvo
Texto João Luiz Guimarães e ilustrações Rosinha Bezerra – Editora do Brasil
Você já soube da última? E da penúltima? Uma notícia surge de um dado ou acontecimento que merece ser propagado, mas transmitir uma novidade para alguém mal informado pode não ser tão fácil assim. Dois seres confusos e um papo que, sem sombra de dúvida, é pra lá de esquisito, tornam tudo isso ainda mais complicado. Nesse jogo de palavras divertido, qual é essa notícia, afinal? Um texto engraçado que aborda a importância da comunicação eficiente, mas sem deixar de lado o bom-humor e a inteligência.

Segredos de uma vida no museu
Texto Ana Rapha Nunes e ilustrações de Logan Portela – Editora InVerso
Um antigo viajante enfrenta o fogo e o descaso enquanto se despede de amigos importantes. Ele, que atravessou mundos em nascimento, agora testemunha o fim de outros. A autora conta, com muita criatividade, a história de um aventureiro silencioso, colega de desventura do primo Santa Luzia. Despertador de paixões, como a da menina Lídia, que sussurrou seu amor em muitos fins de semana, o protagonista se mantém inteiro enquanto a antiga residência da família imperial arde em chamas. É dele a primeira imagem de esperança em meio à fumaça. Agora chamuscado, como todos nós, aguarda o descobrimento de novos mundos e alegrias para os nossos olhos de criança.

Para mais informações sobre o Prêmio Jabuti, clique aqui.

 

fonte: Prêmio Jabuti


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