Todo mundo sabe que “mentir é feio”. Mas, no dia 1º de abril, o Dia da Mentira, as brincadeiras, a pregação de peças e a contação de lorotas entre as pessoas é liberado.
A explicação é histórica. A versão mais conhecida para a origem da data remota ao século XVI, na França, quando o Ano Novo era comemorado dia 25 de março, e as festas duravam uma semana e iam até dia 1º de abril. Em 1564, o rei Carlos IX decidiu que o Ano Novo seria celebrado no dia 1º de janeiro, devido a adoção do calendário gregoriano – que realiza a contagem dos anos, meses, semanas e dias com base nas estações do ano. Porém, muitos franceses demoraram para se acostumar com a mudança e continuaram a celebrar a data antiga. Chamados de “bobos de abril”, costumavam receber convites falsos para festas de Ano Novo, presentes e cartões inusitados e eram zoados pelas outras pessoas com diversos tipos de brincadeiras.
No Brasil, o Dia da Mentira começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou um periódico chamado “A Mentira”, que, no dia 1º de abril de 1848, publicou uma notícia que informava o falecimento de Dom Pedro II, desmentida logo no dia seguinte.
Da França, a mania de pregar peças nesta data percorreu o mundo e dura até hoje.
E não é apenas no Brasil que a data é lembrada! Para os ingleses, o Dia da Mentira é conhecido como April Fools’ Day ou “Dia dos Tolos de Abril”, em tradução literal.
Os leitores do Muralzinho de Ideias foram convidados a contribuir durante a data com as maiores mentiras contadas por suas crianças. E não é que gostaram da brincadeira?
Confira algumas “mentirinha, 1º de abril”!
“Mamãe, o cachorro me mordeu” – Cecília, 2 anos e 8 meses
“Não fui eu, mamãe” – Miguel, 3 anos e 10 meses
“Não posso ir para a escola porque estou com dor de barriga” – Francisco, 10 anos
“Hoje eu almocei meleca com lesma na escola” – Letícia, 5 anos
“Estou com dor de cabeça” – Isabella, 6 anos, quando está na escola
“Hoje não tem tarefa da escola, papai” – Juliana, 7 anos
“Levei advertência na escola porque briguei com um menino” – Francisco, 10 anos
Brincar é sempre bom, mas o importante é lembrar que falar a verdade é ainda mais legal.