O Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR), localizado dentro do MON, inaugurou em dezembro de 2022 uma exposição de Efigênia Rolim e Hélio Leites intitulada “Os Significadores do Insignificante“. A temporada da mostra estava prevista para encerrar em março. Entretanto, diante do sucesso da ação, ela foi prorrogada até 23 de abril.
A exposição celebra a vida e a obra desses dois artistas conhecidos pela originalidade de suas criações. Os dois utilizam uma matéria-prima em comum: o resíduo e a sucata, transformados em arte, poesia, alegria e histórias, seja por meio de um papel de bala ou de uma lata de atum.
A abertura da mostra, no fim do ano passado, contou com a presença do contador de histórias Carlos Daitschman, vestido com roupas produzidas por Efigênia Rolim.
O projeto tem autoria de Estela Sandrini, com curadoria de Dinah Ribas e Maria José Justino. Serão apresentadas cerca de 260 obras, muitas inéditas, advindas de acervos institucionais e particulares.
Conheça os artistas
Efigênia Rolim nasceu em 1931, no município de Abre Campo (MG), e chegou a Curitiba em 1971. Autodidata, tornou-se artista aos 60 anos e em 2022 completa 91 anos. Dinah Ribas, uma das curadoras da mostra e autora do livro sobre a artista, “A Viagem de Efigênia Rolim nas asas do peixe voador” (2012), relata: “Efigênia não tem preguiça de transformar qualquer objeto descartado em obra de arte. Quando chega às suas mãos um novo artefato, ela silencia, deixa a mente trabalhar por ela, e eureca! Surge uma nova criação”, ressalta.
Hélio Leites desenvolve desde a década de 1970 o trabalho de performer e artista visual, tendo desde então recebido diversos prêmios em salões e festivais pelo Brasil. Em 1986 começa a expor e vender suas obras na Feira do Largo da Ordem, no centro de Curitiba, movimentado ponto de encontro de pessoas interessadas nas suas histórias e obras, sempre relacionadas com a estética do mínimo, como ele mesmo diz: “Por um mundo menor”, traduzido pelas suas peças em miniatura, mas que concentram muitos mundos e leituras.
A crítica de arte e curadora Maria José Justino pontua: “Ouvir as narrativas do Hélio é uma regalia para poucos. Você se realiza como um simples ouvinte. Flutua um tempo em estado de graça como um andarilho planando na imaginação. Imerge num borbulhar de ideias, palavras e formas instigantes. Hélio nos proporciona o prazer da prosa inteligente. Ao se apropriar de Jair Fantino – “Eu não penso, imagino e faço” –, dispara Hélio: “Eu não penso, não imagino, mas faço”. Humor na negação. Pensa, imagina, desconstrói e faz. Com muita graça”, pontua.
Ingressos
A visitação ao espaço acontece de terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h). Os ingressos custam R$30 e R$15 (meia-entrada). A venda de ingressos na bilheteria acontece até às 17h30. A entrada é franca para menores de 12 anos e maiores de 60 anos e para o público em geral todas as quartas.
fonte: Museu de Arte Contemporânea do Paraná
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