A partir deste fim de semana, o Zoológico de Curitiba, no Alto Boqueirão, inicia uma programação especial voltada à sustentabilidade e preservação da biodiversidade. O evento faz parte das ações do Ciclo Siete, iniciativa que reúne 22 países ibero-americanos em prol da conservação ambiental e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Com o tema “O Zoo que Você não Vê”, as atividades acontecem de 5 a 11 de abril, incluindo trilhas, palestras e desafios ambientais. No domingo (6), das 10h às 15h, será inaugurada a Trilha do Sergião, jacaré que viveu no Parque Barigui e desde 2008 está sob cuidados no Zoo.
Na programação, destaque também para o lançamento da campanha digital “Jacaré de Boa na Lagoa”, que acontece na segunda-feira (7) , seguido pelas atividades com universitários de Medicina Veterinária, no dia 8, das 19h às 22h30; palestra sobre estilo de vida saudável, no dia 9, às 13h; e o Desafio do Plástico, marcado para a quarta-feira (10), incentivando funcionários a evitar descartáveis. O encerramento, em 11 de abril, às 13h30, terá apresentações culturais de funcionários do Zoo, abertas ao público.
Localizado no Parque Municipal Iguaçu, o Zoológico de Curitiba fica a cerca de 20 km do centro, na zona sul da cidade. O local recebe aproximadamente 650 mil pessoas por ano e constitui-se como um importante centro de lazer e conexão com a natureza.
Os visitantes podem acompanhar de perto a transformação que a Prefeitura está fazendo na unidade de conservação animal do Zoo. Coordenadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, as obras envolvem a criação de sete recintos para felinos e um amplo espaço para o casal de harpias.
Os trabalhos também contemplam melhorias nas vias de acesso dos visitantes, nas vias internas com implantação de asfalto, pinturas, lavagem de telas, melhorias nas calçadas e recuperação dos três banheiros públicos. Vale ressaltar que, mesmo com os trabalhos, a visitação ao local é mantida.
Garrafa dágua, repelente e boné
O visitante estará imerso também no ecossistema de Floresta com Araucária e poderá visualizar animais que nele vivem, como macacos-bugios, serelepes, cutias, lagartos teiús e outros répteis.
O passeio é muito agradável. Todos devem estar preparados para percorrer um grande percurso, que no total chega perto dos 4 km e leva em torno de 2 horas. Portanto, além da vontade de conhecer e aprender devem levar na mochila o protetor solar, o repelente, a garrafa d’água, o boné!
Dica importante: O Zoo tem uma equipe especializada em fazer o cardápio de cada um dos animais. Portanto, você não precisa se preocupar em alimentá-los, somente em observá-los e descobrir coisas fantásticas sobre eles.
Mais espaço
A maior intervenção no Zoológico é a construção do novo recinto para o casal de harpias (aves de rapina, maiores que águias). Foi construído um ninho suspenso no alto do recinto, pois a intenção é a reprodução dos animais no Zoológico para conservar a espécie.
O ninho tem monitoramento diário feito por uma câmera de vídeo. Ao todo o recinto tem 1.250 metros quadrados de área construída, com 9 metros de altura na parte da frente e 13 metros de altura no fundo.
Os novos recintos dos felinos também são maiores. As onças Ares, Gordo, Juma e Mali desfrutam o novo recinto. A construção dos novos locais também foi pensada em ângulos que favoreçam a visualização do público.
A instituição já foi reconhecida pela Associação Brasileira de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) e pela Wild Welfare, instituição internacional que atesta o bem-estar de animais mantidos em cativeiro.
Crianças aprendem o ciclo da transformação de resíduos
As atividades de educação ambiental de 2025 na Casa de Acantonamento do Zoológico de Curitiba foram retomadas. O local agora conta com um biodigestor que transforma resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante, sendo o primeiro zoológico do país a adotar essa tecnologia. O biogás é utilizado na cozinha para preparar alimentos, enquanto o biofertilizante é aplicado na horta e nas plantas do espaço.
A Casa de Acantonamento recebe crianças de escolas públicas, uma vez por mês, aos fins de semana, para dois dias repletos de atividades educativas e de preservação animal.
Saiba mais sobre o Zoológico de Curitiba
Além de local de manutenção, sob cuidados humanos, de animais impossibilitados de viverem livres na natureza, o espaço contribui para a conservação da fauna, por oferecer condições de reprodução para animais nativos, e por servir de porto seguro para espécies de aves migratórias. Desenvolve ainda importantes trabalhos de educação ambiental e possibilita a realização de pesquisas visando a conservação da biodiversidade.
Ao todo, o Zoologico abriga 1,8 mil animais, de 127 diferentes espécies, tanto nativas do Brasil (como araras, onças-pintadas, pumas, lobo-guará, tamanduás, harpias, mutuns, jacutingas, gaviões, emas, urubu-rei, macacos-aranha, muriquis, macacos-prego, anta, queixadas, cutias) quanto de outras regiões do mundo (como chimpanzés, babuínos, camelo, emus, flamingos, cervos-nobre, urso) e muitos outros.
As visitas ao local são feitas a pé, sem agendamento. O acesso, totalmente gratuito, é por ordem de chegada. Atualmente, o espaço está com acesso livre, sem restrição de limite de visitantes. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 16h.
Na entrada do Zoo é possível contribuir voluntariamente para o Banco de Ração da Rede de Proteção Animal da Prefeitura. São aceitas rações comerciais para cães e gatos, secas ou úmidas, em embalagens fechadas. Desde o início da campanha, já foram arrecadadas mais de uma tonelada de ração entre os visitantes.
Memorial da Pandinha
No Zoológico também vivia a girafa mais velha do Brasil e a quarta mais velha do mundo, que nasceu em 1989 naquelas instalações. Pandinha era muito popular entre adultos e crianças, e acabou falecendo no dia 10 de janeiro de 2022. A girafa ganhou um memorial no Zoológico de Curitiba. A escultura foi inaugurada em junho de 2022 e tem autoria do artista Jonas Corrêa.
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Conheça o Urso-de-óculos e o Tamanduá-mirim
Os dois moradores mais recentes do Zoo estão dando o que falar. Um deles é o urso-de-óculos Thorin, que veio do Zoo de Sorocaba e já está instalado em seu recinto para ensinar mais sobre a sua espécie aos visitantes. Já o tamanduá-mirim Kadu foi encaminhado pelo Instituto Água e Terra (IAT). Vítima de atropelamento, o animal não pode voltar à natureza.
As transferências de animais são comuns e importantes para o trabalho desenvolvido pelos zoológicos, tanto na reprodução de espécies ameaçadas, quanto na educação ambiental para a conservação da fauna. Conheça esses novos moradores visitando o Zoológico de Curitiba!
fonte: Prefeitura de Curitiba
A programação e as informações descritas neste post estão sujeitas a alterações sem aviso prévio por parte da organização do espaço.
