Literatura

10 livros sobre culturas indígenas para apresentar às crianças

19/04/2023
10 livros sobre culturas indígenas para apresentar às crianças

A cada ano, territórios habitados por povos indígenas vêm sendo alvo de disputas políticas e econômicas, e é frequente que suas terras se tornem palco de violência. Tais ações ocorrem quase sempre em favor de interesses financeiros, desconsiderando a vida, a cultura e a História daqueles que foram e ainda são os primeiros habitantes de nosso país. Por isso, é preciso incentivar desde a infância uma inversão dessa relação com os povos originários.

Para que se possa compreender a importância da cultura indígena, respeitá-la e valorizá-la, é preciso ouvir suas narrativas e aproximar-se de sua cultura. A literatura – para a infância, mas não só – pode ser um caminho.

Pensando nisso, A Taba organizou uma seleção com 19 livros sobre culturas indígenas que são um pequeno retrato das histórias, das lendas e mitos de alguns destes povos.

“Pequeno porque são poucas as vozes que se fazem ouvir nestes textos, já que não conseguimos encontrar uma diversidade de autores indígenas publicando livros para a infância no Brasil. Além disso, chama a atenção o fato de não termos localizado textos de mulheres indígenas narrando sua visão sobre a história de seu povo e sua cultura”, conta a especialista Denise Guilherme.

Confira algumas dicas da lista abaixo:

1. “A terra sem males – mito Guarani”, de Jakson de Alencar (texto) e Angelo Abu (ilustrações)

O mito da terra sem males nos fala do profundo anseio humano por um mundo melhor, mais pleno e feliz para todos. Essa ideia está presente em diversas culturas e é registrada em muitos mitos diferentes que, no fundo, apontam para esse mesmo anseio humano. Esses mitos alimentam nossa esperança de que um outro mundo é possível. O livro é composto também por uma seção informativa que nos fala um pouco do sentido do mito, e de elementos e da cultura dos índios do Brasil.

2. “Palermo e Neneco”, de Ana Carvalho (texto) e Mariana Zanetti (ilustrações)

“Palermo e Neneco são irmãos e pertencem ao povo Mbya-Guarani. Espirituosos, os meninos dão um jeito de se divertir e dar risada até quando precisam ajudar nas tarefas da aldeia. Além de colher palmito e cortar madeira, gostam de Michael Jackson e festas com cantoria ao som da rabeca e do violão. Palermo e Neneco vestem-se com camiseta e bermuda e usam dinheiro para comprar sabão nas fazendas vizinhas. Mas nem sempre este contato com os brancos é amigável.

3. “A história de Akykysia – O Dono da Caça”, de Rita Carelli

Adaptado e ilustrado por Rita Carelli, o primeiro volume da coleção Um Dia na Aldeia – realizada em parceria com o Vídeo nas Aldeias e com patrocínio da Petrobras Cultural – conta a história do Akykysia, o monstro canibal que mora na floresta e tudo vê. Isso quem narra são os anciões do povo Wajãpi, lembrando uma história que aconteceu há muito tempo com seus antepassados, quando encararam de perto a fúria do dono da caça. A história diz ainda que um menino esperto descobriu o esconderijo do monstro, e assim os Wajãpi puderam caçá-lo. Apesar disso, os mais velhos acreditam que o Akykysia continua até hoje à espreita na mata.

4. “Depois do ovo, a guerra”, de Rita Carelli

Adaptado por Ana Carvalho e ilustrado por Rita Carelli, o terceiro livro da coleção Um Dia na Aldeia – realizada em parceria com o Vídeo nas Aldeias e com patrocínio da Petrobras Cultural – acompanha os meninos Panará em uma brincadeira muito séria. Ao reviver a antiga guerra de seu povo contra os Txucarramãe, seus velhos inimigos, os meninos da aldeia pintam o corpo, cortam os cabelos, fabricam as armas para celebrar a história, que se torna presente. Em meio a falsos golpes de borduna e muita correria, não faltam boas doses de risada.

5. “Um dia na aldeia”, de Daniel Munduruku (texto) e Mauricio Negro (ilustrações)

A obra mostra um dia na vida de um menino índio da tribo Munduruku: o que ele faz durante o dia, como brinca com os amigos, como caça, pesca e ainda como se relaciona com os outros membros da tribo. Traz glossário e mostra algumas curiosidades dos próprio Munduruku.

6. “Amores indígenas”, de Lenice Gomes, Fabiano Moraes, Severino Rodrigues e Laerte Silvino (ilustrações)

Os amores aqui narrados perpassam nossa historia oral, e, em suas origens, foram contadas por diferentes povos que possuem a própria língua, os próprios costumes e saberes. Em “Um presente de amor” encontramos as águas do Grande Rio onde vive a Cobra-Grande; Em “O desejo de Ponaim” é relatada a coragem do guerreiro Anauri em sua busca pelo veado-galheiro; Em “Potira e Itagiba” acompanhamos a espera e intensidade do amor de uma jovem índia por seu amado.

7. “As Fabulosas fábulas de Iauaretê”, de Kaka Wera Jecupe

Acompanhadas por desenhos de Sawara, filha de 11 anos do autor, as fábulas aqui selecionadas falam de medo, coragem, dúvida, amor, morte, paz, oportunidade, erros e acertos que enfrentamos na vida – divertem e emocionam adultos e crianças.

8. “As serpentes que roubaram a noite e outros mitos”, de Daniel Munduruku (texto) e Crianças Munduruku da aldeia Katõ (ilustrações)

As serpentes que roubaram a noite e outros mitos é uma coletânea de seis histórias contadas pelos velhos Munduruku para suas crianças. Essas histórias remetem a temas ou situações voltadas para origens da cultura e da história dos Muduruku, contadas como memória do povo aos jovens para despertar o amor pela sua própria história e cultura. A proposta do autor é possibilitar ao leitor uma visão do povo Munduruku pela narrativa dos mitos.

9. “O menino levado ao céu pela andorinha”, de Sergio Capparelli (texto) e Eduardo Uchôa (ilustrações)

Pouco conhecemos da arte e da cultura dos povos nativos das Américas, como incas, maias, astecas, indígenas norte-americanos, inuítes e tribos brasileiras. E, no entanto, muito antes da chegada do homem branco, eles já habitavam estas terras e expressavam as angústias e alegrias de sua existência na forma de cantos. Sérgio Capparelli, um dos mais destacados autores infanto-juvenis da atualidade, se debruçou sobre essa rica fonte, selecionou, traduziu e retrabalhou 42 cantos de povos nativos.

10. “Aldeias, Palavras e Mundos Indígenas”, de Valéria Macedo (texto) e Mariana Massarani (ilustrações)

Yano, Ëjcre, Üne, Oo — por incrível que pareça, essas quatro palavras significam a mesma coisa. Representam, na língua de quatro povos indígenas diferentes (os Yanomami, os Krahô, os Kuikuro e os Guarani Mbya), o vocábulo casa. Através delas e de muitas outras palavras, neste livro o leitor é convidado a conhecer um pouco da vida e dos costumes desses grupos: onde moram, como se enfeitam, suas festas, sua língua.

Para ver a lista completa de livros sobre culturas indígenas para crianças, visite o site d’ A Taba, aqui.

 

fonte: Portal Lunetas


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